Como o calçado no seu pé, a bolsa ou carteira que você usa pode contribuir para um mundo mais sustentável?
Segundo dados do Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB), o país registrou um abate de 2,03 bilhões de bovinos no quarto trimestre de 2022. A cada ano a indústria de alimentos produz 8 milhões de toneladas de pele bovina no mundo. Esta pele in natura não tem nenhum valor agregado e corresponde a apenas 1% do faturamento de um frigorífico. Perto de um container de filé mignon, o faturamento de um contêiner de peles é insignificante. Portanto, ao contrário do que alguns setores da sociedade podem alegar, o couro bovino não é responsável pelo abate de animais, mas sim uma consequência de hábitos alimentares humanos.
Enquanto o mundo quiser comer carne, o couro será um subproduto da pecuária e os curtumes servirão como ferramentas que mantêm vivo um ciclo sustentável e de aproveitamento que evita um enorme impacto no meio ambiente.
A Indústria do couro como recicladora e os perigos do “Couro Ecológico” e “Couro Sintético” para o Meio Ambiente
O couro bovino, hoje, é destinado para a produção de calçados, bolsas, acessórios, móveis, fármacos, cosméticos e alimentos para pets. A outra opção seria enviar para aterros industriais ou pior, ir para o lixo contaminando o solo e lençóis freáticos.
Paralela a essa discussão, ainda encontramos no mercado materiais rotulados como “couro ecológico” ou “couro sintético”. Tais materiais são plásticos, como o PU e o PVC e, apesar de serem vistos como uma alternativa ao couro animal, são altamente danosos ao meio ambiente. Sua decomposição leva centenas de anos e contribui para a contaminação dos oceanos. Por isso a importância da Lei 4.888/65 que regula o uso do termo “couro”, permitindo-o apenas para produtos de pele animal, evitando a rotulagem enganosa como “couro” de materiais sintéticos e poluidores.
O que você conhecia deste assunto? Já havia encarado a indústria do couro como uma indústria de reciclagem? Imaginava que a produção de couro fosse mais sustentável do que suas versões sintéticas a base de petróleo?
SOBRE A ARTE FINAL COUROS
Fundada em 1994, a Arte Final Couros é uma empresa familiar fruto do empreendedorismo do técnico em curtimento Paulo César N. Silveira, profissional com mais de 40 anos de experiência no setor coureiro. Com uma estrutura moderna e profissionais qualificados, finalizamos peles bovinas com alto padrão de qualidade e responsabilidade com o meio-ambiente.
